Não é interessante essa característica que nossa sociedade tem de padronizar tudo? O mais irônico é que nós estamos vivendo na “pós-modernidade”, onde o mais valorizado, no discurso, é a individualidade do ser humano, quer ver como funciona? Hoje em dia existe um movimento de liberação feminista. Penso que se façam necessárias muitas mudanças em nossa sociedade sobre a atividade da mulher, por isso creio que esse movimento tem muita coisa boa, mas não tudo. Por exemplo, se uma mulher de nossa sociedade “pós-moderna”, de livre e espontânea vontade, decide ser “dona de casa”, ela é discriminada pelo próprio movimento que a chama de retrógrada, alienada e sabe-se lá que coisas piores. Não é interessante? Ela não pode ser o que ela quer ser, ela precisa se enquadrar naquilo que o movimento feminista determina. Outro exemplo interessante, só para citar mais um de tantos, é percebido na comunicação. Já temos bons meios de comunicação: telefones fixos e celulares, e-mail (que pode ser acessado até mesmo de nossos celulares) mensagens sms, os bips, o Facebook; mas se você não possuir Whatsapp você é considerado um homo habilis, ou seja, eu não posso ter os meios de comunicação que eu considero necessários, preciso ter o que “todo mundo”, padrão, usa. Ainda bem que com Jesus não é assim, nós cristãos somos chamados para a liberdade, e em todos os sentidos, liberdade do domínio do pecado, liberdade da condenação da ira, liberdade para desfrutar de tudo aquilo que Deus quer para nós. Muitas pessoas estão hoje tentando “padronizar” o cristão. Muito cuidado, as vezes isso nos prende em paradigmas sobre aquilo que devemos comer, o que devemos vestir, que dia devemos adorar, o tipo de livro que se deve ler etc. Não caia nessa, seja livre em Cristo e jamais permita que o mundo dite o padrão dele para você.

Edgar Dallegrave