Aposto que você conversou com alguém essa semana, aliás, com alguém não, com várias pessoas. Sou capaz de arriscar que com alguma, senão com a maioria delas, a conversa girou sobre a situação do país, a alta do dólar, enfim, a crise. Esta palavra que pensávamos já estar apagada de nossos dicionários, uma vez que nos sentíamos seguros. Mas como dizem os jovens por aí, “só que não”.

Como é interessante um assunto desses sempre estar presente nas rodas de conversa, até mesmo entre pessoas estranhas que acabaram de se conhecer no banco, no elevador ou em alguma sala de espera. Talvez você diga: “Claro, esse assunto afeta a todos nós”.

É aí, exatamente neste ponto que eu quero chegar, como um assunto que afeta nossos bolsos fica tão evidente e um assunto sobre nossas almas fica tão escondido? Me explico, parece que para falarmos da urgência que o mundo tem de Cristo precisamos “criar um clima”, fazer uma “amizade”, “criar um relacionamento”, já para a crise econômica não.

Interessante mesmo, pois para mim a crise da alma pela qual o mundo passa é muito mais grave e urgente do que a financeira, mas uma delas a gente finge que não acontece, que não é urgente (Colossenses 3:2).

Edgar Dallegrave