No livro de 2 Coríntios em especial nos capítulos 11 e 12 temos um relato de Paulo sobre as muitas dificuldades que passou em sua missão de levar as boas novas. Quando nos deparamos com sua jornada e olhamos para a nossa própria fica evidente o quanto nossa caminhada com Cristo tem sido leve em relação a caminhada de Paulo. Contudo cada um sabe a intensidade de suas dores e o quanto é difícil se colocar no lugar do outro. Nossa tendência natural é focarmos apenas em nossas dificuldades.  Quando leio as cartas de Paulo vejo um homem forte, destemido e que em alguns momentos, me perdoem se estou cometendo uma blasfêmia, parece beirar a arrogância. Mas entendo que, além de sua personalidade em particular, Paulo agia assim porque sabia quem era, tinha plena consciência daquilo que Jesus tinha feito em sua vida. Valorizava o tamanho do perdão e da graça derramada para com ele que foi um perseguidor implacável de cristãos. Mas em 2 Coríntios 12: 7-9 ele fala sobre um “ espinho na carne” e diz: “Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse:- Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim”. Não sabemos ao certo o que era o “espinho na carne”, mas sabemos os efeitos dele sobre Paulo. Sim o espinho trazia tormento, busque essa palavra no dicionário e tenha uma ideia do que isso significa.  Mas também levava Paulo para mais perto de Jesus, fazia com que ele orasse – Três vezes roguei ao Senhor – ao mesmo tempo em que não o deixava esquecer de sua posição de servo, obediente e fraco. E de forma completamente inusitada o espinho na carde produzia em Paulo a alegria por constatar que o poder de Cristo repousava sobre ele.  

      Você tem um “espinho na carne”? Que efeito ele faz sobre você? Pense nisso durante essa semana


Maristela Rates Pierosan