“Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra.” Ex 20.4.

O Judaísmo, a primeira religião Abraâmica começou com o pacto feito por Deus com Abrão.  Antes de começar sua peregrinação, ele vivia na cidade de Ur, uma importante cidade caldeia localizada na região da mesopotâmia. Como a maioria das civilizações antigas, os caldeus eram politeístas, ou seja, reconheciam e adoravam diversos deuses. As divindades eram normalmente associadas a forças da natureza e fenômenos sociais. Ao ser escolhido por Deus e reconhece-lo como o único verdadeiro, Abrão estava indo contra a cultura da época. Em um mundo onde o divino representava elementos palpáveis, e que a devoção a eles determinava o êxito ou falha nas atividades cotidianas, quebrar esse paradigma era impensável..

Deus prometeu que cuidar e dar uma vasta descendência a Abrão se esse tão somente confiasse nEle e o seguisse. O caldeu aceitou, e então, tendo seu nome trocado para Abraão, foi pai do povo escolhido.

Podemos destacar 2 elementos sempre presentes na história do Povo de Israel, o cuidado de Deus com eles e a insistente tendência deles a idolatria. O primeiro exemplo disso pode ser encontrado em Êxodo 32. Moisés tinha subido o Sinai para falar com Deus, e o povo pensando que Moisés os tinha abandonado, fizeram um bezerro de ouro e o adoraram. Eles criaram o seu próprio deus e até sacrificaram animais à ele

Apesar de nos chocarmos um pouco com a atitude dos Hebreus, (afinal de contas, Deus tinha tirado eles do Egito e estava os abençoando no deserto) repetimos essa atitude diversas vezes em nossas vidas. Sempre que depositamos nossas esperanças em qualquer coisa que não seja Deus, estamos criando nossos ídolos.

Se pensarmos dessa forma, a idolatria que a primeira vista parece um pecado distante, é por nós praticado frequentemente, afinal, é muito comum acharmos que nossa vida depende de nosso trabalho, nossos estudos, família, amigos, etc… Devemos assim como Abraão fez, confrontarmos esse modelo de pensamento, e nos apegarmos a Deus. Ele é a única coisa indispensável em nossa vida e é pela sua graça que recebemos as demais coisas.

Lucas Sobroza